sábado, 1 de maio de 2010

Enigma



Entre mares de perguntas me perco em náuseas.
E ainda, com tantas possibilidades de respostas, afogo-me
farto.
Por que dizer o que é tão óbvio? Por que entregar-me em respostas
rasas que não respondem nada de mim?
Prefiro deixá-los arrastar-me pelo labirinto de suas angustias,
tomados pela aflição do desconhecimento.
E permaneço autêntico e indevassável. Eu e minhas linhas tênues que
quase não separam nada de mim. Eu e as incoerências do meu pensamento.
Não saber é a melhor forma de preservar-se da verdade insuportável 
de ser demasiadamente limitado para entender.

Por Raphael Ramires

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